EE Augusto Carneiro investe em atividades esportivas para auxiliar o desenvolvimento de alunos surdos
Na Escola Estadual Augusto Carneiro dos Santos, localizada no Centro de Manaus, pelo menos uma vez na semana, alunos se reĂșnem na quadra de esportes para aulas de Educação FĂsica em diferentes modalidades. A escola atende, exclusivamente, alunos surdos. Na quadra, os alunos driblam as dificuldades e participam ativamente das atividades e dos desafios propostos.
As aulas sĂŁo conduzidas pela professora Graça Abrahim, que estimula os estudantes Ă prĂĄtica de exercĂcios desde a infĂąncia. Para se comunicar melhor com os alunos, Graça utiliza a LĂngua Brasileira de Sinais (Libras).
“A atividade fĂsica, quando começa de criança, a experiĂȘncia vai fazer dela um adulto Ă procura de saĂșde. Eu procuro incentivar fazendo minhas atividades e mostro aos alunos a importĂąncia de ter saĂșde e aprender o desporto”, disse Graça, que trabalha na escola hĂĄ 40 anos.
Para a professora, Ă© importante que os estudantes mantenham a prĂĄtica regular de exercĂcios fĂsicos desde os primeiros anos da vida escolar. Para isso, deve haver o acompanhamento dos pais ou demais responsĂĄveis, para que haja comprometimento e frequĂȘncia nas atividades. O objetivo Ă© que as crianças desenvolvam o hĂĄbito para alĂ©m da escola.
“Ă muito importante para eles tomarem gosto, porque nĂłs estamos em uma sociedade dos ‘fast foods’. O maior desafio Ă© buscar o aluno para a responsabilidade de uma atividade fĂsica”, disse Graça Abraim.
InclusĂŁo
Para a estudante do 9Âș ano, Amanda Micaele, de 17 anos, as aulas de Educação FĂsica melhoram o desempenho psicomotor e contribuem para a socialização entre os colegas.
“Eu jĂĄ fico esperando o dia da Educação FĂsica, porque nos ajuda a despertar todo o treino, seja de handebol, seja de outro esporte. O treinamento Ă© muito bom, tanto que nĂłs participamos de jogos na Vila OlĂmpica, no salto Ă distĂąncia e outras modalidades tambĂ©m”, disse Amanda.
Desse mesmo sentimento compartilha a estudante Rafaela Cristina, de 13 anos. Ela destacou a importùncia das atividades não só no desenvolvimento saudåvel, mas também no processo de aprendizagem escolar.
“Eu gosto de praticamente todos os esportes, porque eu sei que Ă© importante aprendermos na nossa idade. Faz parte do processo de aprendizagem e Ă© bom para a saĂșde”, disse Rafaela.
A professora treinadora Graça Abrahim ressaltou que cada aluno desempenha as atividades no seu próprio ritmo.
“O que eu tento fazer Ă© incluir todos eles na mesma atividade. O menino ou menina que tĂȘm um pouco mais de dificuldade vai produzir um pouco menos, mas vai produzir e um dia chega lĂĄ. Ă para ir todo mundo, vai fazer todo mundo”, destacou a professora.
FOTOS: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
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